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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Capela São Francisco, RS, 19 de dezembro de 2009

PASSADO, PRESENTE


Quando nada se conhece não há nenhum registro de passado que aproxime dois mundos. E, não havendo passado, não há, ou raras vezes há, acolhimento, carinho, cuidado e proteção para com o outro.

O espetáculo “Re-Bolando com a Gringa Errante” serviu, neste caminhar e dentre outras coisas, como uma maneira de construir um presente/passado conjunto com as pessoas de cada povoado. Já disse Chacovachi que ninguém esquece quem um dia lhe fez sorrir. E é compartilhando, no espetáculo, bons sorrisos e situações inusitadas que foi tecido um passado comum, um registro na memória minha e deles e delas que nos tornava próximos.

Percebo, ao olhar o caminhar, que após a apresentação houve sempre uma aproximação maior: tratavam-me já como conhecida, familiar. E sentiam-se mais à vontade comigo.

Assim, o passado compartilhado faz, nesta viagem, um presente que sempre se renova, e que em pouco tempo nos aproxima - pessoas tão distantes no tempo/espaço e sempre tão próximas no humano. Tocando a mim e a eles como em um acordo mudo. E mútuo, e mútuo. Um passado todo nosso, intransferível, insubstituível e vivo (ao menos na memória que é a minha).

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