PASSADO, PRESENTE
Quando nada se conhece não há nenhum registro de passado que aproxime dois mundos. E, não havendo passado, não há, ou raras vezes há, acolhimento, carinho, cuidado e proteção para com o outro.
O espetáculo “Re-Bolando com a Gringa Errante” serviu, neste caminhar e dentre outras coisas, como uma maneira de construir um presente/passado conjunto com as pessoas de cada povoado. Já disse Chacovachi que ninguém esquece quem um dia lhe fez sorrir. E é compartilhando, no espetáculo, bons sorrisos e situações inusitadas que foi tecido um passado comum, um registro na memória minha e deles e delas que nos tornava próximos.
Percebo, ao olhar o caminhar, que após a apresentação houve sempre uma aproximação maior: tratavam-me já como conhecida, familiar. E sentiam-se mais à vontade comigo.
Assim, o passado compartilhado faz, nesta viagem, um presente que sempre se renova, e que em pouco tempo nos aproxima - pessoas tão distantes no tempo/espaço e sempre tão próximas no humano. Tocando a mim e a eles como em um acordo mudo. E mútuo, e mútuo. Um passado todo nosso, intransferível, insubstituível e vivo (ao menos na memória que é a minha).
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
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